segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Estudo com cães pode ajudar vítimas de transtorno obsessivo-compulsivo.

Cientistas associaram um gene ao comportamento compulsivo --em cachorros.

Pesquisadores estudaram doberman pinschers que se enroscavam e chupavam os flancos por horas. Eles descobriram que esses cachorros tinham um gene em comum.
Os cientistas descreveram suas descobertas --o primeiro gene identificado como tal em cães-- num curto relatório publicado este mês no "Molecular Psychiatry".
Nicholas Dodman, diretor da clínica de comportamento animal da Cummings School of Veterinary Medicine, da Tufts University, no estado de Massachusetts, e principal autor do relatório, afirmou que as descobertas têm amplas implicações para transtornos compulsivos em pessoas e animais.
Estimativas calculam que o transtorno obsessivo-compulsivo atinja de 2,5% a 8% da população humana. Ele aparece em comportamentos como lavar as mãos excessivamente, verificar o forno, trancas e luzes várias vezes, além de ações prejudiciais, como arrancar cabelos pela raiz e automutilação.
O transtorno tem sido retratado em filmes de sucesso e programas de televisão para definir personagens, como o escritor recluso Melvin Udall, interpretado por Jack Nicholson no longa "Melhor Impossível" ("As Good as It Gets"), e Adrian Monk, interpretado por Tony Shaloub na série de televisão "Monk". Transtornos similares são conhecidos em cachorros, particularmente em certas raças, incluindo dobermans.
Dodman e seus colaboradores buscaram uma fonte genética para esse comportamento ao analisar e comparar os genomas de 94 doberman pinschers que chupavam seus flancos, cobertores, ou apresentavam ambos os comportamentos, com os de 73 dobermans "normais". Eles também estudaram os pedigrees de todos os cães para padrões complexos de hereditariedade. Os pesquisadores identificaram um ponto no cromossomo canino 7 contendo o gene CDH2 (Cadherin 2), que mostrou variação no código genético quando os comportamentos dos cães de chupar ou não seus flancos ou cobertores foram comparados.
A associação estatística levou a investigações mais profundas, a fim de determinar para qual proteína o gene continha instruções. Era para uma das proteínas chamadas cadherinas, encontradas por todo o reino animal e aparentemente envolvidas no alinhamento, adesão e sinalização celular.
Essas proteínas também foram recentemente associadas a transtornos no espectro do autismo, que inclui comportamentos repetidos e compulsivos, disse Dr. Edward I. Ginns, principal autor do relatório publicado no Molecular Psychiatry e diretor do Laboratório de Diagnóstico Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts.
Dennis Murphy, psiquiatra que não esteve envolvido no estudo, afirmou que os resultados tinham potencial para uma compreensão mais avançada sobre o transtorno obsessivo-compulsivo. Dr. Murphy, também chefe do Laboratório de Ciências Clínicas da Divisão do Programa de Pesquisa Intramural dos Institutos Nacionais de Saúde Mental, agora está trabalhando para encontrar e sequenciar o gene CDH2 em humanos, com o objetivo de verificar se ele está ligado ao comportamento obsessivo-compulsivo.
Pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo muitas vezes apresentam comportamentos normais que se tornam extremos, ritualizados, repetitivos e que consomem muito tempo, e sofrem de ansiedade e pensamento obsessivo.
Pelo fato de que o transtorno envolve pensamentos obsessivos e devido à dificuldade de entender a cognição animal, os mesmos tipos de comportamento em animais têm sido referidos simplesmente como transtorno compulsivo.
À medida que os cientistas aprendem mais sobre as causas moleculares por trás dessa condição, eles usam cada vez mais o termo "transtorno obsessivo-compulsivo" para se referir à condição em animais e pessoas.
Estimativas superficiais recentes realizadas por Karen L. Overall, veterinária especialista em comportamento animal da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia, sugere que até 8% dos cães nos Estados Unidos --de 5 a 6 milhões de animais-- apresentam comportamento compulsivo, como correr em cercas, marchar, girar, tentar pegar o próprio rabo, abocanhar moscas imaginárias, lamber, mastigar, latir e encarar. Três machos para cada fêmea apresentam esses problemas, ela descobriu, enquanto em gatos a proporção é reversa.
Overall afirmou que os cães desenvolvem comportamento compulsivo entre 1 e 4 anos de idade. Alguns cachorros do grupo de estudo de Dodman começaram mais cedo, chupando cobertores com cerca de 5 meses de idade, e seus flancos com 9 meses.
Os cães podem ser tratados, mas quando não são o comportamento compulsivo é uma das principais razões pelas quais os donos colocam os bichos para adoção ou eutanásia, segundo behavioristas veterinários.
Dra. Overall afirmou em artigo científico que causas ambientais podem ultrapassar fatores genéticos no desenvolvimento de comportamento compulsivo em alguns casos.
Ela disse que a prática de "enforcar" um cachorro pelo pescoço, uma forma de disciplina defendida por alguns treinadores, produz comportamentos compulsivos. Cães que vieram de canis ou abrigos, cães de resgate e aqueles que são confinados e ficam entediados ou ansiosos também parecem apresentar tendência maior ao comportamento compulsivo, disse ela.
Outros animais domésticos, especialmente gatos e cavalos, assim como alguns animais de zoológicos, apresentam comportamentos compulsivos, incluindo chupar lã no caso de gatos siameses, transtorno de locomoção em cavalos confinados, e marcha em ursos polares, tigres e outros carnívoros em cativeiro.
Embora antidepressivos, particularmente inibidores seletivos de recaptação de serotonina e clomipramina, um antidepressivo tricíclico, e modificação no comportamento tenham se mostrado eficazes em controlar comportamento compulsivo em cachorros e pessoas, eles parecem não corrigir patologias ocultas ou causas, disse Ginns. Essas causas provavelmente são tão variadas quanto os comportamentos compulsivos --e tão complexas quanto a interação de vários genes e o ambiente.
"O estresse e a ansiedade, assim como trauma físico e doença, podem deflagrar comportamentos repetitivos que depois assumem vida própria", disse Ginns.
Entretanto, ele acredita que em muitos casos há uma predisposição genética que responde aos estímulos ambientais de forma que um comportamento antes normal passa a ser patológico. Essas disposições genéticas podem diferir acentuadamente em comportamentos diferentes.
Alguns geneticistas afirmam que, devido ao seu pedigree detalhado e à similaridade de seus genes em relação aos humanos, os cachorros são um modelo ideal para estudo de comportamentos e patologias humanas, especialmente os que envolvem padrões complexos de hereditariedade. Poucos humanos têm registros genealógicos detalhados, mas são um exemplo quando se fala em registrar cada detalhe dos ancestrais de seus animais de raça pura.
"Nick e eu temos um interesse por pedigrees", contou Ginns, explicando como ele e Dodman se tornaram colaboradores de Kerstin Lindblad-Toh e seus sequenciadores genéticos do Broad Institute do MIT e Harvard --o mesmo grupo que sequenciou o genoma do cão, agora tão valioso para estudiosos dos genes caninos quanto para estudiosos dos genes humanos.

http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2010/02/01/estudo-com-caes-pode-ajudar-vitimas-de-transtorno-obsessivo-compulsivo.jhtm

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Depoimentos

Alguns depoimentos de pessoas falando como foi a descoberta do toc em suas vidas:


"desde criança sempre tive um comportamento esquisito, que achava ser manias e supertições, já sabia que tinha uma doença como o toc mas nunca percebi que era comigo pois os sintomas "classicos" que a midia coloca , como lavar muito as mãos e ter banhos longos eu nunca tive, então isso atrasou demais a minha descoberta até que um dia por acaso peguei na rua um exemplar do metronews (jornal gratuito distribuido nas estações de metro de sp) e vi os exemplos se encaixavam comigo.
talvez se não fosse esse jornal eu acabaria descobrindo de um jeito ou de outro pois hoje se fala muito de toc, mais ia atrasar mais. "

" eu pensava q as minhas varias manias eram normais
ateh q vendo uma entrevista no rjtv vi q varios daqueles simtomas batiam com a minha situação
ateh entao nao havia percebido o quanto essas "manias" atrasavam a minha vida "

"Na sala do psiquiatra.
Meu maior erro foi não ter me aberto o suficiente durante a triagem para falar sobre a minha real personalidade que tentei camuflar de diversas maneiras...o que só complicou meu diagnóstico (aliás, parte dele).
Na verdade eu sabia que existia esse transtorno, só não sabia que os pensamentos persistentes que eu tinha também eram um dos sintomas do TOC...por conta disso não acreditei "cegamente" no diagnóstico, nem o levei muito "a sério" pq os outros sintomas que eu tinha não batiam com o TOC. Mesmo assim iniciei o tratamento mas continuei procurando (por contra própria) algum outro transtorno com o qual eu me identificasse e se encaixasse com os demais sintomas.
E hoje, depois de finalmente ter desabafado coisas sobre a minha verdadeira personalidade (demorou!!), vejo que é iminente mais um novo transtorno, só que de personalidade...teria poupado meu tempo se eu tivese sido sincera não só com a equipe mas, principalmente, comigo mesma, desde o primeiro dia!"

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=278850

Um video com importantes informações sobre toc!!!

Copie e cole no navegador!!


http://www.youtube.com/watch?v=LKPkzrixG58&feature=player_embedded

Transtorno Obsessivo-Compulsivo na Infância!

Ao contrário do que se pensa, também acontece...


Atualmente é reconhecido que o transtorno obsessivo-compulsivo é muito mais frequente do que se imaginava. Na adolescência é encontrado entre 1 e 3% dos jovens. Alguns comportamentos aparentemente compulsivos são na verdade normais e esses casos não participam das estatísticas. Pessoas distraídas por exemplos devenvolvem hábitos de verificação depois de terem realmente algumas vezes se esquecido de fecharem a janela de casa ou trancarem a porta ao saírem. Esses casos se diferenciam do transtorno obsessivo compulsivo por não apresentarem o sofrimento da dúvida, ao contrário é uma forma de evitar o sentimento de culpa por ter esquecido algo cujas consequências poderiam levar a prejuízos reais.
No caso das crianças, muitas brincadeiras consideradas normais pelos adultos na verdade são os sintomas iniciais. O olhar atento permite notar que a forma como a criança brinca revela a anormalidade. As crianças quando aprendem a contar gostam de ficar contando tudo que lhe aparece, as crianças que ficam contando e recontando buscando a exatidão podem estar sendo obsessivas. As crianças obessivas não distinguem a obsessão das brincadeiras mas brincam sem se divertirem, brincam com ar de seriedade. Gostar de arrumar os brinquedos ou colecionar objetos são condutas comuns na infância, o padrão de inflexibilidade e insistência nas "brincadeiras" podem ser a dica de que algo não vai bem. As crianças costumam abandonar as brincadeiras, jogos e brinquedos depois de alguns dias ou semanas, a persistência prolongada deve chamar a atenção para se verificar atentamente o que se passa. Exceção seja feita para as bonecas(os) que servem de companheiro, esses casos não caracterizam necessariamente obsessão.
As crianças e adolescentes com transtorno obsessivo-compulsivo não se diferem dos adultos com o mesmo problema, as únicas diferenças encontradas estão relacionadas a imaturidade e puerilidade inerentes da idade. Entre 30 e 50% dos adultos com transtorno obsessivo compulsivo iniciaram o quadro na infância.
A idade média de início na infância está em torno de 9 a 10 anos. Dois entre três casos são meninos, nos adultos observa-se uma equivalência entre os sexos, sendo talvez mais frequente nas mulheres. Nos adultos encontramos muitos casos de obsessões e compulsões múltiplas, nas crianças podemos encontrar muitos casos de compulsões sem obsessões. O curso na maioria das vezes é crônico ou flutuante com períodos de melhora e piora, além dos sintomas mutáveis ao longo do tempo. Crianças e adolescentes com o transtorno se apresentam com mais frequência sem a crítica a respeito dos sintomas, ao contrário dos adultos que percebem ser exageradas ou injustificáveis , mas escondem os sintomas enquanto é possível, mas procuram o psiquiatra com medo de estarem ficando loucos, acham também que são os únicos a terem os sintomas
A comorbidade é muito comum nas crianças. Entre 75 e 80% dos jovens com transtorno obsessivo compulsivo têm pelo menos um outro diagnóstico. Entre as crianças é observada, além dos frequentes casos de depressão e ansiedade, a co-ocorrência da síndrome de Tourette, transtorno hipercinético, oposicional desafiante, transtornos específicos do desenvolvimento e enurese.
Todas as formas de tratamente até recentemente se concentram nas medicações que exerciam algum efeito na inibição da recaptação da serotonina, tendo como primeira medicação eficaz a clomipramina, depois os mais novos inibidores seletivos da recaptação da serotonina como a sertralina e a fluoxetina complementaram o tratamento. Contudo muitos casos continuam resistentes a essa forma de abordagem. A olanzapina, um neuroléptico, é a primeira medicação com atividade faramacológica distinta e mostrar resultados no tratamento dos pacientes resistentes. Essa medicação vem apresentando resultados positivos como potencializador dos antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina. Paralelemante a isso a terapia cognitivo-comportamental também tem mostrando resultados animadores tanto no tratamento em conjunto com medicações como isoladamente. O resultado dos estudos estão apontando para a combinação da farmacoterapia com a terapia cognitivo-comportamental como a melhor .

http://www.ufrgs.br/toc/index.htm

Incidência

Dados do Epidemiologic Catchment Study nos EUA


O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) era considerado, até pouco tempo, uma doença rara, pois se levava em conta no estabelecimento de estimativas de sua incidência ou prevalência o pequeno número de pacientes que procuravam atendimento especializado. Hoje em dia, a procura ao tratamento especializado mudou esses índices significativamente.
Jenicke (1990) calculou que ao redor de 10% de todos os pacientes que ingressam numa clínica privada de psiquiatria apresentavam sintomas obsessivo-compulsivos importantes.

O Epidemiologic Catchment Study, norte-americano, encontrou inicialmente uma prevalência para toda a vida de 2,5%. Karno mais recentemente (1988) estabeleceram cifras de 3,0% para a prevalência do TOC para toda a vida e de 1,6% em 6 meses (Bland ,1988). Estas cifras podem ser supervalorizadas pois foram obtidas por entrevistadores leigos do ECA. Cálculos mais recentes estimam ao redor de 0,3% a prevalência para a população (Flament 1988). No entanto, esta cifra pode estar subestimada pois os indivíduos com TOC tem vergonha dos seus sintomas, não estão incapacitados pelos mesmos e muitas vezes não se dão conta de que são manifestações patológicas.Levando estes fatos em conta, Jenicke (1990) calcula que seja de 1 a 2% o risco que as pessoas tem de desenvolver TOC significativo.

O DSM-IV, por sua vez, estima a prevalência para toda a vida, ao redor de 2,5% e de entre 1,5 a 2,1% a prevalência para o período de um ano.

A incidência do TOC é maior em pessoas com conflitos conjugais, divorciados, separados e desempregados. É maior também nos familiares de 1º grau (3 a 7%) de portadores de TOC, é igual entre homens e mulheres e um pouco maior em adolescentes masculinos (75%). O início da doença se dá em torno dos 20 anos, mas não é incomum em crianças.

http://d182612.u37.igempresas.ig.com.br/toc.html


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Dicas de Filmes

Nova York. O obsessivo-compulsivo Melvin Udall, um preconceituoso escritor grosseiro e sarcástico, tem como alvos principais Simon, um artista gay, que é seu vizinho e tem um cachorrinho, e Carol Connelly, uma garçonete que enfrenta problemas por ser mãe solteira e se desdobra para cuidar do filho. Mas o destino vai fazer com que eles fiquem muito mais próximos do que poderiam imaginar.







Howard Hughes (Leonardo DiCaprio) ficou milionário já aos 18 anos, devido à herança que seu pai, um inventor texano, deixou para ele. Pouco depois ele se mudou para Los Angeles, onde passou a investir na indústria do cinema. Hughes ajudou a carreira de vários astros, como Jean Harlow (Gwen Stefani), e ainda trabalhou em filmes de grande sucesso, como "Hell's Angels", que dirigiu. Paralelamente Hughes se dedicou a uma de suas maiores paixões, a aviação, e se envolveu com as atrizes Katharine Hepburn (Cate Blanchett) e Ava Gardner (Kate Beckinsale).


Dica para leitura

Em Mentes & Manias, a doutora Ana Beatriz Barbosa Silva recorre ao seu vasto conhecimento, resultante de prática clínica, e faz um passeio pelo interior das partes do nosso cérebro desvendando todas as faces do Transtorno Obssessivo-Compulsivo (TOC), que influenciam nosso pensar e agir. Escrito com clareza e espontaneidade, este livro soa como uma conversa na sala de estar de nossas casas, possibilitando aos indivíduos com TOC o melhor entendimento de seu problema e a buscar um tratamento correto, o que pode abreviar e reduzir seu sofrimento e as limitações advindas de sua condição. Além disso, o livro fornece subsídios aos familiares para que possam entender a condição dos parentes e amigos que sofrem de TOC a fim de ajudá-los.


Aqui vc também pode baixar esse Livro ^^

Baixar :http://www.tiotruta.net/2008/11/livro-mentes-e-manias.html