quarta-feira, 1 de julho de 2009

Depoimentos

Alguns depoimentos de pessoas falando como foi a descoberta do toc em suas vidas:


"desde criança sempre tive um comportamento esquisito, que achava ser manias e supertições, já sabia que tinha uma doença como o toc mas nunca percebi que era comigo pois os sintomas "classicos" que a midia coloca , como lavar muito as mãos e ter banhos longos eu nunca tive, então isso atrasou demais a minha descoberta até que um dia por acaso peguei na rua um exemplar do metronews (jornal gratuito distribuido nas estações de metro de sp) e vi os exemplos se encaixavam comigo.
talvez se não fosse esse jornal eu acabaria descobrindo de um jeito ou de outro pois hoje se fala muito de toc, mais ia atrasar mais. "

" eu pensava q as minhas varias manias eram normais
ateh q vendo uma entrevista no rjtv vi q varios daqueles simtomas batiam com a minha situação
ateh entao nao havia percebido o quanto essas "manias" atrasavam a minha vida "

"Na sala do psiquiatra.
Meu maior erro foi não ter me aberto o suficiente durante a triagem para falar sobre a minha real personalidade que tentei camuflar de diversas maneiras...o que só complicou meu diagnóstico (aliás, parte dele).
Na verdade eu sabia que existia esse transtorno, só não sabia que os pensamentos persistentes que eu tinha também eram um dos sintomas do TOC...por conta disso não acreditei "cegamente" no diagnóstico, nem o levei muito "a sério" pq os outros sintomas que eu tinha não batiam com o TOC. Mesmo assim iniciei o tratamento mas continuei procurando (por contra própria) algum outro transtorno com o qual eu me identificasse e se encaixasse com os demais sintomas.
E hoje, depois de finalmente ter desabafado coisas sobre a minha verdadeira personalidade (demorou!!), vejo que é iminente mais um novo transtorno, só que de personalidade...teria poupado meu tempo se eu tivese sido sincera não só com a equipe mas, principalmente, comigo mesma, desde o primeiro dia!"

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=278850

Um video com importantes informações sobre toc!!!

Copie e cole no navegador!!


http://www.youtube.com/watch?v=LKPkzrixG58&feature=player_embedded

Transtorno Obsessivo-Compulsivo na Infância!

Ao contrário do que se pensa, também acontece...


Atualmente é reconhecido que o transtorno obsessivo-compulsivo é muito mais frequente do que se imaginava. Na adolescência é encontrado entre 1 e 3% dos jovens. Alguns comportamentos aparentemente compulsivos são na verdade normais e esses casos não participam das estatísticas. Pessoas distraídas por exemplos devenvolvem hábitos de verificação depois de terem realmente algumas vezes se esquecido de fecharem a janela de casa ou trancarem a porta ao saírem. Esses casos se diferenciam do transtorno obsessivo compulsivo por não apresentarem o sofrimento da dúvida, ao contrário é uma forma de evitar o sentimento de culpa por ter esquecido algo cujas consequências poderiam levar a prejuízos reais.
No caso das crianças, muitas brincadeiras consideradas normais pelos adultos na verdade são os sintomas iniciais. O olhar atento permite notar que a forma como a criança brinca revela a anormalidade. As crianças quando aprendem a contar gostam de ficar contando tudo que lhe aparece, as crianças que ficam contando e recontando buscando a exatidão podem estar sendo obsessivas. As crianças obessivas não distinguem a obsessão das brincadeiras mas brincam sem se divertirem, brincam com ar de seriedade. Gostar de arrumar os brinquedos ou colecionar objetos são condutas comuns na infância, o padrão de inflexibilidade e insistência nas "brincadeiras" podem ser a dica de que algo não vai bem. As crianças costumam abandonar as brincadeiras, jogos e brinquedos depois de alguns dias ou semanas, a persistência prolongada deve chamar a atenção para se verificar atentamente o que se passa. Exceção seja feita para as bonecas(os) que servem de companheiro, esses casos não caracterizam necessariamente obsessão.
As crianças e adolescentes com transtorno obsessivo-compulsivo não se diferem dos adultos com o mesmo problema, as únicas diferenças encontradas estão relacionadas a imaturidade e puerilidade inerentes da idade. Entre 30 e 50% dos adultos com transtorno obsessivo compulsivo iniciaram o quadro na infância.
A idade média de início na infância está em torno de 9 a 10 anos. Dois entre três casos são meninos, nos adultos observa-se uma equivalência entre os sexos, sendo talvez mais frequente nas mulheres. Nos adultos encontramos muitos casos de obsessões e compulsões múltiplas, nas crianças podemos encontrar muitos casos de compulsões sem obsessões. O curso na maioria das vezes é crônico ou flutuante com períodos de melhora e piora, além dos sintomas mutáveis ao longo do tempo. Crianças e adolescentes com o transtorno se apresentam com mais frequência sem a crítica a respeito dos sintomas, ao contrário dos adultos que percebem ser exageradas ou injustificáveis , mas escondem os sintomas enquanto é possível, mas procuram o psiquiatra com medo de estarem ficando loucos, acham também que são os únicos a terem os sintomas
A comorbidade é muito comum nas crianças. Entre 75 e 80% dos jovens com transtorno obsessivo compulsivo têm pelo menos um outro diagnóstico. Entre as crianças é observada, além dos frequentes casos de depressão e ansiedade, a co-ocorrência da síndrome de Tourette, transtorno hipercinético, oposicional desafiante, transtornos específicos do desenvolvimento e enurese.
Todas as formas de tratamente até recentemente se concentram nas medicações que exerciam algum efeito na inibição da recaptação da serotonina, tendo como primeira medicação eficaz a clomipramina, depois os mais novos inibidores seletivos da recaptação da serotonina como a sertralina e a fluoxetina complementaram o tratamento. Contudo muitos casos continuam resistentes a essa forma de abordagem. A olanzapina, um neuroléptico, é a primeira medicação com atividade faramacológica distinta e mostrar resultados no tratamento dos pacientes resistentes. Essa medicação vem apresentando resultados positivos como potencializador dos antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina. Paralelemante a isso a terapia cognitivo-comportamental também tem mostrando resultados animadores tanto no tratamento em conjunto com medicações como isoladamente. O resultado dos estudos estão apontando para a combinação da farmacoterapia com a terapia cognitivo-comportamental como a melhor .

http://www.ufrgs.br/toc/index.htm

Incidência

Dados do Epidemiologic Catchment Study nos EUA


O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) era considerado, até pouco tempo, uma doença rara, pois se levava em conta no estabelecimento de estimativas de sua incidência ou prevalência o pequeno número de pacientes que procuravam atendimento especializado. Hoje em dia, a procura ao tratamento especializado mudou esses índices significativamente.
Jenicke (1990) calculou que ao redor de 10% de todos os pacientes que ingressam numa clínica privada de psiquiatria apresentavam sintomas obsessivo-compulsivos importantes.

O Epidemiologic Catchment Study, norte-americano, encontrou inicialmente uma prevalência para toda a vida de 2,5%. Karno mais recentemente (1988) estabeleceram cifras de 3,0% para a prevalência do TOC para toda a vida e de 1,6% em 6 meses (Bland ,1988). Estas cifras podem ser supervalorizadas pois foram obtidas por entrevistadores leigos do ECA. Cálculos mais recentes estimam ao redor de 0,3% a prevalência para a população (Flament 1988). No entanto, esta cifra pode estar subestimada pois os indivíduos com TOC tem vergonha dos seus sintomas, não estão incapacitados pelos mesmos e muitas vezes não se dão conta de que são manifestações patológicas.Levando estes fatos em conta, Jenicke (1990) calcula que seja de 1 a 2% o risco que as pessoas tem de desenvolver TOC significativo.

O DSM-IV, por sua vez, estima a prevalência para toda a vida, ao redor de 2,5% e de entre 1,5 a 2,1% a prevalência para o período de um ano.

A incidência do TOC é maior em pessoas com conflitos conjugais, divorciados, separados e desempregados. É maior também nos familiares de 1º grau (3 a 7%) de portadores de TOC, é igual entre homens e mulheres e um pouco maior em adolescentes masculinos (75%). O início da doença se dá em torno dos 20 anos, mas não é incomum em crianças.

http://d182612.u37.igempresas.ig.com.br/toc.html